O trabalho de design de iluminação natural amadureceu e agora permite a criação de um sistema de construção controlável abrangente capaz de trazer a luz natural para dentro de um edifício. Esta é a arte de transformar a luz para beneficiar quem habita ou trabalha em um determinado local.
Mesmo que a iluminação seja a principal fonte de consumo de qualquer edifício comercial em qualquer lugar do mundo, respondendo por algo entre 35% e 65% do total consumido, em muitos locais, até mesmo os mais modernos e que se autoproclamam “sustentáveis”, até 100% da luz natural é desperdiçada todos os dias. Isso acontece até mesmo no Brasil, quando a luz do Sol pode estar disponível por várias horas mesmo no inverno e o seu aproveitamento poderia significar não apenas redução de custos, mas também algo mais confortável e ambientalmente correto.
Isto é especialmente antieconômico nos horários de pico, quando a demanda de energia elétrica e os encargos são elevados em uma fase em que o Brasil voltou para a “bandeira amarela” em suas contas no final do mês após um longo período de “bandeira vermelha”, resultado da necessidade de um uso expressivo das usinas termelétricas com os reservatórios das hidrelétricas em baixa.No entanto, administradores de edifícios ou projetistas de residências muitas vezes agem como se não houvesse luz natural ao nosso redor.
Ao trazer a luz do dia, natural, para o interior de um edifício, nós nos tornamos capazes de reduzir a necessidade de emissão de luz elétrica e, portanto, economizar energia e reduzir custos operacionais. O Design de iluminação natural não apenas aproveita a luz natural disponível, levando-a para dentro de um prédio, mas também atua na gestão dos níveis proporcionais de saída de luz elétrica e regulação de calor e brilho. Isso acontece por meio do uso de tratamentos nas janelas, o que pode maximizar a eficiência, a funcionalidade e garantir mais conforto ao ambiente. Se bem tratada, a luz natural é muito mais agradável aos olhos do que diversas opções de luz artificial – isso sem falar nos custos.
Fonte: Arquitetura